Em nossa escola várias vezes foram comemorados o "Dia da Árvore", como podemos verificar em nossos arquivos.


Dia da Árvore


A Casa Escolar Dario Vellozo, fez comemorar, à 21 de setembro de 1966, o dia da Árvore.
Na semana que precedeu à data, foram feitos trabalhos pelos alunos, orientados pelas professoras regentes, de esclarecimento e incentivo ao cultivo dos vegetais, tão úteis e necessários à vida humana, na terra.
Todas as classes, tiveram atividades ilustradas sobre as partes da planta, funções e utilidades específicas e global. Foi interessante observar, nas ilustrações apresentadas da verdadeira concepção adquirida, pois foram devidamente utilizadas folhas de arbustos e árvores, bem como da importância da árvore pela influência na fertilidade do solo e índice pluviométrico na região.
Palestra foram feitas pelas professoras regentes, que muito influenciaram na concepção dos alunos, pois no dia comemorativo, percebia-se imenso Júbilo e interesse de sua parte, o que muito nos satisfez, pois deu-nos a consciência do objetivo plenamente atingido.
Na parte recreativa, foram apresentados poesias e cânticos interpretados pelos alunos.
Dada a impossibilidade do plantio de uma árvore na Escola, foi sugerido às crianças, em explicações que pudessem atingir a pureza de sentimentos que as caracteriza, o plantio de uma árvore no quintal de suas casas. Bom esses gestos procuramos incutir-lhes o desejo de produzir alguma coisa em benefício da comunidade; a responsabilidade pelo cuidado e conservação de tudo aquilo que possam constituir.
No dia 21 de setembro, presididos pela Srª Diretora, os alunos reunidos enalteceram a Árvore, com poesias que , novas ou velhas, atravessaram geração purificando e modelando almas.
O encerramento se deu com o Hino à Árvore, entoado por toda a Escola.





Dia da Árvore


O '' Dia da Árvore '' foi condignamente comemorado em nossa escola .
A semana toda as aulas foram globalizadas tendo como centro de interesse a árvore . Lembrando a utilidade e importância que a mesma representa na vida do seres vivos: a necessidade imediata do reflorestamento em nosso estado e em varias regiões do país. Na manhã do dia 21 foi plantada uma árvore no pátio da escola e entoado o hino à árvore . A seguir houve a apresentação de poesias e cantos em homenagem à árvore .



HINO À ÁRVORE



Da grande poetisa chilena Gabriela Mistral (**), homenagem à nossa irmã "Ávore" - (ao seu dia em 21 de setembro):



"Árvore irmã que bem cravada
por ganchos escuros ao solo
a clara fronte levantaste
numa sede intensa de céu.

Faz-me piedoso para a escória
de cujos limos me mantenho
sem que se adormeça a memória
do país azul de onde venho.

Tu que anuncias ao viandante
a graça de tua presença
com ampla sombra refrescante
e com o nimbo de tua essência;

faze com que a minha presença
revele, nos prados da vida,
dúlcida e cálida influência
por sobre as almas exercida.

Árvore criadora dez vezes:
a que tem frutos cor de rosa,
a de madeira construtora,
a de zéfiro perfumada,
a de folhagem protetora,

a de bálsamos suavizantes
e a de resinas milagrosas
repleta de pesados ramos
e de gargantas melodiosas;

torna-me doador opulento,
faze-me como tu fecundo:
o coração e o pensamento
me sejam vastos como o mundo.

E todas as atividades
não cheguem nunca a fatigar-me;
as magnas prodigalidades
surjam de mim sem esgotar-me.

Árvore, em que é tão sossegada
a pulsação do existir,
e vês meu alento a agitada
febre do mundo consumir;

faze-me sereno, sereno,
dessa viril serenidade
que deu aos mármores helenos
o seu sopro de divindade.

Tu que não és outra coisa
que doce entranha de mulher,
pois cada rama guarda airosa
em cada leve ninho um ser,

dá-me ramagem vasta e densa,
tanto quanto hão de precisar
os que no bosque humano imenso
não tenham lenha para o lar.

Árvore que onde se levante
teu corpo cheio de vigor
assumes invariavelmente
o mesmo gesto protetor;

faze que ao longo dos estágios
da vida, no prazer, na dor,
minha alma assuma um invariado
e universal gesto de amor".



(**) Poema traduzido por Henriqueta Lisboa.

Gabriela Mistral nasceu no Chile em 7 de abril de 1889. Viveu alguns anos no Brasil,em Petrópolis, RJ, durante a segunda guerra mundial. Em 1945, recebe o Prêmio Nobel de Literatura, o primeiro Nobel concedido para um autor da América do Sul. Faleceu em Nova York, em 11 de janeiro de 1957. Considerada a grande poetisa da misericórdia e da maternidade adotiva.


Lúcia Constantino




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